sábado, 17 de fevereiro de 2018

ATPC - 02/março


Sugestões de Atividades:
Leitura: Criar programas que estimulem o prazer pela leitura entre os adolescentes.
Iniciação científica: Criar programas de iniciação científica nas escolas.
Seminários: Propor seminários em grupo com os alunos.
Sustentabilidade: Promover ações e projetos no tema sustentabilidade e relacionados a outras causas voltadas à melhoria do mundo, que gerem engajamento e educação para a cidadania.
Cinema na escola: Realizar projetos de produção de curtas-metragens sobre temas relacionados à realidade dos estudantes.
Matemática em debate: Promover rodadas de diálogo sobre matemática, com foco em aprofundar os porquês das fórmulas e operações e desconstruir estigmas e bloqueios que interferem na aprendizagem desse componente curricular.
Para além dos muros: Propor práticas pedagógicas que envolvam agentes e espaços externos à escola, conectando a aprendizagem com o território e a cidade; valorizar a cultura local na qual a escola está inserida; criar ações específicas para integrar a comunidade local nos projetos da escola.



Quando se refere à formação continuada, são enfatizados os seguintes aspectos do profissional: a formação, a profissão, a avaliação e as competências que cabem ao profissional. 

O educador que está sempre em busca de uma formação contínua, bem como a evolução de suas competências tende a ampliar o seu campo de trabalho. 

Segundo o estudioso Philippe Perrenoud, a formação profissional contínua se organiza em determinadas áreas prioritárias. Dentre elas estão as competências básicas que cabem ao educador. Refere - se como áreas de competências, devido cada uma delas abordar várias competências. Veja as dez grandes áreas de competências segundo Perrenoud: 

Competências de referência
Competências mais específicas a serem trabalhadas em formação contínua (exemplos) 


1. Organizar e animar situações de aprendizagem
• Conhecer, em uma determinada disciplina, os conteúdos a ensinar e sua tradução em objetivos de aprendizagem.

• Trabalhar a partir das representações dos alunos.

• Trabalhar a partir dos erros e obstáculos à aprendizagem.

• Construir e planejar dispositivos e seqüências didáticas.

• Comprometer os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento.

2. Gerir a progressão das aprendizagens • Conceber e gerir situações-problema ajustadas aos níveis e possibilidades dos alunos. 

• Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino primário.

• Estabelecer laços com teorias subjacentes às atividades de aprendizagem.

• Observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagem, segundo uma abordagem formativa.

• Estabelecer balanços periódicos de competências e tomar decisões de progressão. 


3. Conceber e fazer evoluir dispositivos de diferenciação • Gerir a heterogeneidade dentro de uma classe. 

• Ampliar a gestão da classe para um espaço mais vasto.

• Praticar o apoio integrado, trabalhar com alunos em grande dificuldade.

• Desenvolver a cooperação entre alunos e certas formas simples de ensino mútuo. 


4. Implicar os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho • Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com os conhecimentos, o sentido do trabalho escolar e desenvolver a capacidade de auto-avaliação na criança. 

• Instituir e fazer funcionar um conselho de alunos (conselho de classe ou da escola) e negociar com os alunos diversos tipos de regras e contratos.
• Oferecer atividades de formação opcionais, a La carte.

• Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno. 

5. Trabalhar em equipe • Elaborar um projeto de equipe, representações comuns. 
• Animar um grupo de trabalho, conduzir reuniões.
• Formar e renovar uma equipe pedagógica.

• Confrontar e analisar juntos situações complexas, práticas e problemas profissionais.

• Administrar crises ou conflitos entre pessoas. 

6. Participar da gestão da escola • Elaborar, negociar um projeto da escola. 

• Gerir os recursos da escola.

• Coordenar, animar uma escola com todos os parceiros (bairro, associações de pais, professores de língua e cultura de origem).

• Organizar e fazer evoluir, dentro da escola, a participação dos alunos. 

7. Informar e implicar os pais • Animar reuniões de informação e de debate. 
• Conduzir entrevistas.

• Implicar os pais na valorização da construção dos conhecimentos. 

8. Utilizar tecnologias novas • Utilizar softwares de edição de documentos. 

• Explorar as potencialidades didáticas dos softwares em relação aos objetivos das áreas de ensino.

• Promover a comunicação à distância através da telemática.

• Utilizar instrumentos multimídia no ensino. 

9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão 

• Prevenir a violência na escola e na cidade.

• Lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais.

• Participar da implantação de regras da vida comum envolvendo a disciplina na escola, as sanções e a apreciação de condutas.

• Analisar a relação pedagógica, a autoridade, a comunicação em classe.

• Desenvolver o sentido de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça. 

10. Gerir sua própria formação contínua 

• Saber explicitar as próprias práticas

• Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de formação contínua.

• Negociar um projeto de formação comum com colegas (equipe, escola, rede).

• Envolver-se nas tarefas na escala de um tipo de ensino ou do DIP.

• Acolher e participar da formação dos colegas.

Sugere-se que cada educador tenha consciência do nível de competências em que se encontra, realizando uma auto avaliação, o que irá resultar em uma grande evolução na sua função como educador.