1. Desenvolver pequenos projetos: despertar a curiosidade dos alunos por algum tema, ou assunto. Solicitar que pesquisem sobre ele. Elaborar algum produto com as pesquisas, como painel, exposição, ou dramatização (exemplo: dramatizar um telejornal e cada aluno apresenta uma notícia).
2. Tornar o material didático mais acessível: algumas pequenas modificações no material didático podem tornar os textos mais atraentes e também mais fáceis de serem compreendidos pelos alunos com dificuldades, como, por exemplo, usar fonte 14 sem serifas nos impressos, usar ilustrações para reforçar o sentido dos textos, separar as informações dos problemas de matemática, apresentando-as uma em cada linha, ensinar a criança a localizar e sublinhar as palavras que indicam as ações pedidas nas atividades (como “descreva”, “envolva”, “marque com um X”);
3. Utilizar material concreto: recursos como material dourado, blocos lógicos, material contável, cédulas e moedas de brinquedo tornam os conceitos matemáticos mais concretos, facilitando o processo de aprendizagem.
4. Diversificar: apresentar o mesmo conteúdo de formas diferentes favorece que alunos com dificuldade possam compreender melhor o conteúdo.
5. Jogos ou atividades lúdicas: “o saber se constrói fazendo próprio o conhecimento do outro, e a operação de fazer próprio o conhecimento do outro só se pode fazer jogando.” (FERNÁNDEZ, 1991, p. 165)
Através do jogo é possível, ao mesmo tempo despertar o interesse do aluno e favorecer que construa conhecimentos. As atividades lúdicas podem desenvolver a criatividade e favorecer que o aluno estabeleça vínculos positivos com o ambiente e os conteúdos escolares.
É possível desenvolver jogos que envolvam conhecimentos de diversas áreas. Podemos citar alguns exemplos:
a) Jogo da conquista (objetivo: compreender a multiplicação):
cada jogador utilizará uma folha de papel quadriculado, onde traçou o limite de 10 por 10 quadrados, lápis de cor e dois dados. Cada jogador, na sua vez, lançará os dois dados. Ele deve observar os números 5 ou quantidades das faces dos dados e realizar os cálculos de multiplicação, anotando a conta correspondente. Em seguida, deve pintar a quantidade de quadrinhos correspondentes ao produto.
b) Stop ortográfico:
montar uma tabela com 5 colunas, combinando um tema para cada coluna. Em cada linha define-se uma dificuldade ortográfica comum para todos. A um sinal, os alunos em grupos ou duplas, devem preencher uma linha por vez. Quem preencher corretarmente primeiro, fala stop. A correção ocorre durante a contagem dos pontos.
c) Fábrica de contos (PICCOLI & CAMINI, 2012):
o professor elabora cartões com personagens mágicos, lugares, ações (elementos que podem compor uma narrativa) e os coloca em uma caixinha. Os alunos sorteiam os cartões e devem escrever a história. Ao invés de caixas, também pode ser elaborado um mural com envelopes ou bolsinhos para conter os cartões. Os alunos podem elaborar fantoches ou caracterizarem a si mesmos para apresentar o conto que elaboraram, dramatizando.
Em síntese, para favorecer a aprendizagem de alunos com dificuldade, é importante avaliar, contextualizar, diversificar.
A aprendizagem é, via de regra, um processo singular. Cada aluno tem sua própria forma de aprender, ainda que possa ser beneficiado pelo trabalho em grupo.
O ensino-aprendizagem, por sua vez, deve ser um processo dialógico. É através do diálogo que o professor conhece o aluno, identifica como ele pensa e, somente assim, pode refletir sobre as modificações necessárias no processo para favorecer seu desenvolvimento.
É preciso ajudar o aluno a estabelecer relações entre o conhecimento novo e o que já domina. É importante, também, valorizar o que ele sabe fazer bem, para que desenvolva o sentimento de autovalorização e sinta-se encorajado a enfrentar os desafios.